“Seu dono é brutal”, perguntei.
“Não”, disse ela. “Ele não é brutal, mas severo”.
“Rigoroso?”, perguntei.
“Sim, diria que é rigoroso”.
“Mas, não é brutal?”
“Não”, ela respondeu.
“Qual sua relação com ele?”
“Sou escrava”.
“E a dele com você?”
“Ele é dono”.
“E a disciplina?”, perguntei.
Ela sorriu. “Estou submetida a mais estrita disciplina”, respondeu.
“Mas, raramente é chicoteada?”
“Quase nunca. Mas sei que ele é perfeitamente capaz de me chicotear. Ele já o demonstrou. Eu sei que, por ser escrava, se não agradar, serei chicoteada”.
“Você vive sob a ameaça do chicote?”
“Sim, e a ameaça não é fictícia”. Ela olhou para mim. “Ele é suficientemente forte para conseguir de mim o que ele quer. E ele sabe isto. E eu aprendi que ele é suficientemente forte para me chicotear, se eu não o agradar”.
“E como você se sente com isso?”
“Faz sentido e é excitante!”
“Você parece gostar de ser dominada por um homem”.
“Sou uma mulher”, disse baixando o olhar. “Eu descobri sensações que desconhecia”. Olhando para cima, ela disse: “Eu descobri, nos braços de um homem forte, sem meio termo, como é fantástica, como é profunda e gloriosa minha sexualidade feminina”.
“Você não fala como uma mulher da Terra”, observei.
“Sou uma escrava goreana”, disse ela, erguendo-se em seus joelhos e tocando seus brincos.
“Parece-me que você se preocupa com seu dono”.
“Se ele não me proibir, disse ela secamente, lamberia a poeira de suas botas!”
(Tribesmen of Gor)
Ele contemplou-me por alguns momentos.
Como eu devo parecer-lhe bonita, pensei. E eu tinha percebido sua incrível masculinidade, sua masculinidade de animal, tão diferente da sexualidade contida e paralítica, porém tão louvada e tragicamente endêmica entre os homens da Terra. Pela primeira vez na minha vida, eu senti que eu entendia o sentido da palavra “macho”, e deitada na sua frente, de maneira confusa, senti medo do que podia ser o sentido da palavra “fêmea”. Como devo parecer-lhe bonita, deitada e amarrada, totalmente vulnerável, indefesa aos seus pés. Como tal visão deve mexer com o esplendor de sua hombridade, ver a mulher, dele, presa, indefesa a seus pés, sua, para fazer com desejo e prazer, e felicidade, o que bem entender, sem que ela possa escapar, e podendo exercer seu poder sem restrição!
(Slave Girl of Gor)
Eu sei que, no meu coração, há uma escrava que antigamente era renegada, depois secretamente temida e que, agora, clara e prazerosamente deseja um Senhor. Eu não sei se isto é verdade para outras mulheres. Que cada uma olhe o segredo do seu coração.
Não creio que desejar homens seja uma excentricidade na história genética das espécies; creio que existe uma complementaridade que evolui de maneira complicada; este desejo por uma escrava bonita, por uma linda fêmea que se comporta como uma escrava em relação a seu Senhor, que é universal entre homens fortes, dotados de glândulas normais, não parece ter evoluído isoladamente; a evolução da dentição do tigre sugere a existência de presas; a evolução do olho sugere a existência da luz, a existência do sangue sugere a presença do organismo em um meio que fornece água e sal; da mesma maneira, o desejo do homem de ter a posse de uma escrava sugere que há escravas para serem possuídas, aguardando ser dominadas.
No reino animal, os instintos de dominação e de submissão, ambos profundos e reais nas entranhas dos animais evoluídos e complementares, são função um do outro. A mulher que deseja ajoelhar-se nua na frente do seu homem e colocar sua cabeça aos seus pés, que o faça, mas que saiba, quando ele grita de prazer e a pega, que, naquele momento, ela é uma escrava.
(Slave Girl of Gor)
Como a maioria dos Goreanos sabe, as garotas extremamente inteligentes e femininas fazem excelentes escravas.
Os Goreanos têm pouco interesse em mulheres estúpidas, embora algumas sejam sexualmente atrativas. (...) Mulheres estúpidas são demasiadamente estúpidas para serem escravas. (...) Mas, a verdadeira fêmea, consciente de sua feminilidade, prisioneira indefesa de seus instintos e dos seus genes, dotada de uma bela mente, uma mente profunda, desejável, fina, imaginativa e inventiva, é aquela que os Goreanos querem aos seus pés, cabisbaixa. Qual homem queria sua coleira em alguma coisa menos preciosa?
(Tribesmen of Gor)
Na Terra, a mulher que ostenta movimentos sensuais é, geralmente, rejeitada ou socialmente castigada de uma ou outra maneira. O conceito que se tem da dançarina exótica na Terra, apesar da riqueza da música e de sua beleza, é um sintoma dessa patologia.
A liberdade da mulher na Terra não chega a ponto de permitir que ela se movimente como uma mulher. Considera-se que ela não tem liberdade para tanto. A liberdade da mulher na Terra consiste, de fato, em se conformar, dentro de limites razoavelmente estreitos, a certos estereótipos socialmente aceitos. Das mulheres na Terra, proibidas de se mover como mulheres, espera-se que apresentem movimentos que, de fato, imitam os do homem.
Não há de se espantar que, às vezes, demonstrando sua frustração, elas dançam nuas em frente a um espelho. Não é estranho que, em seus sonhos, elas estão amarradas e entregues a guerreiros.
Em Gor, evidentemente, à escrava não é mais proibida, por necessidade cultural, de expressar a realidade cinética de sua feminilidade. A escrava aprende a considerar-se total, profunda e irrestritamente feminina. Assim, rápida e inconscientemente, ela pensa e se move como o que ela, de fato, é, uma mulher. Além disto, a escrava apresenta movimentos especiais. Ela sabe que, não somente, é mulher, mas ainda que é mulher, no sentido mais profundo e completo, uma mulher que pertence aos homens.
Isto a excita e se reflete em sua maneira de movimentar-se. Ela é o que tem de mais natural e profundo, em termos biológicos, numa mulher: a mulher à mercê dos homens a quem ela obedece e serve.
(Explorers of Gor)
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